[Resenha] - Livro: Mulheres Sem Nome
Capa do livro Mulheres Sem Nome | Foto: Blog Intrínseca |
A primeira delas é Caroline Ferriday. Ex-atriz da Broadway, a socialite solteira trabalhava como voluntária no Consulado Francês, em Nova York. Além de realizar um serviço burocrático, ela enviada kits com roupas para crianças órfãs francesas. Em um evento beneficente, o destino dela acabou se cruzando com o de um ator francês (casado!), transformando a vida de ambos.
A segunda personagem narradora é Kasia Kuzmerick, uma adolescente polonesa capturada pelo exército nazista de Hitler em atividades de resistência e levada para o campo de concentração Ravensbrück. Ali, junto da mãe e da irmã mais velha, a jovem Kasia passou por dores e humilhações. A prisão exclusiva para mulheres confinava judias, prisioneiras políticas, prostitutas, testemunhas de Jeová e pessoas com deficiência.
No campo de concentração, a cirurgiã Herta cortava pedaços de músculos das prisioneiras, inseria vidro, madeira e outros materiais nos ferimentos e tratava ou não para testar a eficácia de algumas drogas. Os resultados eram dores incontroláveis, necrose de tecidos e a morte.Kasia Kuzmerick foi uma dessas vítimas que, por serem usadas como cobaias, foram apelidadas de "coelhas". Quando os experimentos foram descobertos e os nazistas decidiram matá-las para apagar os vestígios, todas as presas se envolveram para escondê-las.
Após anos de pesquisas, Martha Hall Kelly escreveu um romance ficcional que possui muitas informações reais. A narrativa foi inspirada no sofrimento das Coelhas de Ravensbrück, representadas por Kasia (única das três narradoras que não existiu de verdade). Com o final da guerra e dolorosas consequências físicas, as sobreviventes dos experimentos não receberam apoio do governo polonês. Caroline dedicou boa parte de sua vida às Coelhas, conseguindo financiamento para que elas recebessem o tratamento adequado nos EUA.
Você costuma ler livros que entrelaçam ficção e realidade? Tem algum para me indicar?
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