[Resenha] - Livro: O Diário de Helga
Escrito por Helga Weiss, entre 1938 e 1945, o livro é um relato fiel do dia-a-dia dos judeus em um campo de concentração. Publicado pela Editora Intrínseca, a história é dividida em três partes: "Praga", "Terezín" e "Auschwitz, Freiberg, Mauthausen, Praga".
Em "Praga", Helga descreve, de maneira singela, inocente e infantil, os ataques aéreos, o início das ordens antijudaicas, o estouro da guerra, o uso das estrelas amarelas, os grupos de estudo judeus e, por fim, os assustadores "transportes", que levavam famílias judaicas inteiras para lugares desconhecidos.
A hora da família de Helga chega e eles são enviados para Terezín. Lá, ela e sua mãe são separadas de seu pai. Nessa parte, que possui o nome do campo, a jovem descreve os dormitório, os trabalhos desempenhados, os maus tratos, a fome, as péssimas condições de vida. Por outro lado, Helga nunca mostra pessimismo: agradece sempre pela presença da mãe, pelas vezes em que consegue ver seu pai, pelas amizades feitas e pelas aulas e eventos culturas feitos às escondidas nos porões.
Apesar do sofrimentos e das diversas epidemias que atingiam o campo de Terezín, Helga e seus pais conseguiram sobreviver. Então veio o golpe mais duro: um novo transporte, dessa vez para Auschwitz. Nesse campo, a situação era bem pior. O trabalho era mais duro, havia menos comida, o frio era insuportável e, a todo momento, haviam ameaças sobre as câmaras de gás. Aqueles que não eram aptos para o trabalho, por serem muito novos ou muito velhos, apresentarem deficiências ou doenças, eram mandados imediatamente para "o outro lado" de Auschwitz, onde eram mortos. Helga acredita que seu pai foi morto assim que chegou, pelo fato de ter uma cicatriz no braço e usar óculos.
Para saber como Helga e sua mãe sobreviveram, para onde foram após a guerra, como era a vida em Terezín e em Auschwitz, como Helga conheceu o amor e muitas outras coisas, não deixe de ler o livro. /amei
Opinião: Esse livro deveria ser leitura obrigatória. Fascinante, forte, real, uma verdadeira lição de vida. Após ver tudo o que Helga e tantos outros judeus passaram durante a guerra, os problemas do dia-a-dia parecem tão pequenos e insignificantes! Chorei, ri, sofri junto com a encantadora Helga. Além das passagens escritas pela sobrevivente, o livro conta com uma entrevista, em que ela esclarece alguns pontos, acrescenta alguns detalhes. Desenhos que ela fez nos campos de concentração e em Praga também estão presentes. O único ponto negativo do livro é o incômodo de ter que ver as notas e observações no final, assim como o glossário. Por ser um diário, muitas coisas precisam ser explicadas, mas elas ficam após a história, e não no final da página.
Avaliação:
Em "Praga", Helga descreve, de maneira singela, inocente e infantil, os ataques aéreos, o início das ordens antijudaicas, o estouro da guerra, o uso das estrelas amarelas, os grupos de estudo judeus e, por fim, os assustadores "transportes", que levavam famílias judaicas inteiras para lugares desconhecidos.
A hora da família de Helga chega e eles são enviados para Terezín. Lá, ela e sua mãe são separadas de seu pai. Nessa parte, que possui o nome do campo, a jovem descreve os dormitório, os trabalhos desempenhados, os maus tratos, a fome, as péssimas condições de vida. Por outro lado, Helga nunca mostra pessimismo: agradece sempre pela presença da mãe, pelas vezes em que consegue ver seu pai, pelas amizades feitas e pelas aulas e eventos culturas feitos às escondidas nos porões.
Em todo caso, não há motivo para choro. Talvez porque estamos aprisionados e não podemos ir ao cinema, ao teatro ou fazer caminhadas como as outras crianças? Pelo contrário. É exatamente por isso que precisamos estar alegres. Ninguém jamais morreu por falta de cinema ou de teatro. É possível viver em cômodos lotados (...), dormindo em beliches com pulgas e percevejos. É bem pior quando falta comida, mas mesmo um pouco de fome pode ser tolerado. "Onde há vontade, há um jeito...". Não se deve levar tudo tão a sério e começar a soluçãr. Querem nos destruir, é óbvio, mas não vamos nos render. Vamos aguentar esses últimos meses. [Páginas 89-90]
Apesar do sofrimentos e das diversas epidemias que atingiam o campo de Terezín, Helga e seus pais conseguiram sobreviver. Então veio o golpe mais duro: um novo transporte, dessa vez para Auschwitz. Nesse campo, a situação era bem pior. O trabalho era mais duro, havia menos comida, o frio era insuportável e, a todo momento, haviam ameaças sobre as câmaras de gás. Aqueles que não eram aptos para o trabalho, por serem muito novos ou muito velhos, apresentarem deficiências ou doenças, eram mandados imediatamente para "o outro lado" de Auschwitz, onde eram mortos. Helga acredita que seu pai foi morto assim que chegou, pelo fato de ter uma cicatriz no braço e usar óculos.
Para saber como Helga e sua mãe sobreviveram, para onde foram após a guerra, como era a vida em Terezín e em Auschwitz, como Helga conheceu o amor e muitas outras coisas, não deixe de ler o livro. /amei
Opinião: Esse livro deveria ser leitura obrigatória. Fascinante, forte, real, uma verdadeira lição de vida. Após ver tudo o que Helga e tantos outros judeus passaram durante a guerra, os problemas do dia-a-dia parecem tão pequenos e insignificantes! Chorei, ri, sofri junto com a encantadora Helga. Além das passagens escritas pela sobrevivente, o livro conta com uma entrevista, em que ela esclarece alguns pontos, acrescenta alguns detalhes. Desenhos que ela fez nos campos de concentração e em Praga também estão presentes. O único ponto negativo do livro é o incômodo de ter que ver as notas e observações no final, assim como o glossário. Por ser um diário, muitas coisas precisam ser explicadas, mas elas ficam após a história, e não no final da página.
Avaliação:
Oi Amanda!
ResponderExcluirEu estou super desejosa por essa leitura, li O diário de Anne Frank e desde então tudo que tem a ver com holocausto chama minha atenção. Ainda mais que pelo ponto de vista da Helga a história se passa realmente dentro do campo de concentração. É ainda mais forte imagino. Adorei a resenha.
Beijo pra você.
Brenda Lorrainy
cataventodeideias.com
Depois de ter lido Milan Kundera, a cidade de Praga ganhou um lugar especial em meus pensamentos!
ResponderExcluirNunca li Anne Frank (embora tenha visto tantas publicações no FaceBook que já tenho algumas partes decoradas) e o Diário de Helga parece ser interessante e, obviamente, a palavra "forte" como qualificação de um livro sempre chama atenção!
Abraços!
Adoro livros no passado, livros vintage, é uma verdadeira paixão mesmo! Dos 13 livros que li esse ano dois falavam da segunda guerra e tinham outros retro também! Minhas leituras favoritas são justamente livros assim, forte, reais, cheios de lições com personagens encantadores que me emocionem, me toquem! Com toda a sinceridade coloquei o livro na pilha!
ResponderExcluirBjo Meninas!
Garota das Letras - http://garotadasletras.blogspot.com